sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Li hoje em algum lugar, abrindo um livro ao acaso, uma reflexão sobre a covardia dos que só agem quando se sentem seguros. Não lembro bem qual era a reflexão. E hoje à noite vi uma aula, nela outra reflexão: o quanto muitos escritores esperam ter um grande repertório para só então começarem a escrever, em vez de irem escrevendo enquanto aprendem. Ao produzir textos, uma palavra puxa a outra, e só assim a experiência e os problemas da criação surgem.

Outra ideia: a possibilidade de uma obra em constante rascunho. O perfeccionismo, além de uma procrastinação disfarçada, é uma espécie de covardia. Indissociáveis da reflexão sobre a escrita, ou sobre por quê escrever, há outras duas questões: "por que pensar certas coisas?" e "por que ler certas coisas?" Essas são reflexões gastas.

Só sei que não sou bom nessa história de fingir, e acho válida aquela filosofia do "só vai".