quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Lua

Calada, triste, passiva, constante
A Lua gira em torno de sua musa,
Eterna amada, impossível amante.

Sempre foi tímida, exibe um só lado
E assiste, atônita, sua bem-amada,
E morre aos poucos, num choro calado.

Ah! se ela pudesse, ao menos um dia
Beijar-lhe de leve e tê-la nos braços.
Mas só gira em círculos. Que ironia!

Não estão sós, nem trocam companhia.
A Terra girando, feliz da vida;
A Lua chorando, inspirando poesia...

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